A Reforma Tributária terá impactos significativos no setor da construção civil, influenciando diretamente os custos de produção, a tributação sobre materiais e serviços, e as estratégias de investimento no setor.
A substituição de tributos como PIS, COFINS, ISS, ICMS e IPI pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) visa simplificar o sistema fiscal, conforme descrevemos em nossa página principal.
Essa simplificação pode reduzir a burocracia e aumentar a transparência, mas, para o setor de construção civil, pode também resultar em uma carga tributária mais alta, especialmente em atividades que antes eram isentas ou tinham alíquotas reduzidas.
O projeto de regulamentação da reforma tributária, inclui uma possível redução de tributos para materiais de construção e serviços ligados à infraestrutura, o que poderá tornar projetos habitacionais e de infraestrutura mais acessíveis.
Essa redução pode estimular o setor e diminuir os custos das obras, especialmente em empreendimentos residenciais de interesse social.
Com o novo sistema, a recuperação de créditos tributários para empresas do setor de construção deve ser mais ampla, permitindo que o imposto pago em materiais e serviços ao longo da obra seja abatido, conforme mencionado em nossa página principal.
Isso pode ocasionar uma redução no custo acumulado na cadeia produtiva, tornando as obras mais competitivas, embora ainda se prevejam desafios na apuração desses créditos.
A tributação sobre valor agregado, através do IBS, incidirá sobre cada etapa do processo de construção, impactando o custo de produção e, consequentemente, o valor final dos imóveis.
Dependendo das alíquotas aplicadas, o setor poderá ver um aumento nos preços finais, o que pode afetar a acessibilidade dos imóveis e a demanda.
A reforma pode atrair novos investidores ao setor, já que a carga tributária mais previsível e simplificada tende a melhorar a estabilidade do ambiente fiscal.
No entanto, se os custos de produção e os preços dos imóveis aumentarem, o financiamento para a construção civil pode se tornar mais caro, limitando o crescimento do setor e a disponibilidade de crédito.
A transição para o novo sistema exigirá ajustes nos contratos de longo prazo para compensar o aumento potencial de custos e a nova estrutura tributária.
Incorporadoras e construtoras precisarão aprimorar o planejamento tributário para gerenciar os impactos da reforma e garantir a viabilidade financeira dos empreendimentos, principalmente em projetos que demandam anos para serem concluídos.